O senador Cid Gomes (PDT) foi baleado com um tiro em meio a um protesto de policiais militares, hoje à tarde em Sobral, no estado do Ceará. O político, irmão de Ciro Gomes, pilotava uma retroescavadeira para tentar furar o bloqueio dos policiais, que reivindicam aumento salarial, quando foram feitos os disparos.
O senador Cid Gomes foi baleado por uma arma de fogo na tarde desta quarta-feira (19), em Sobral. Neste momento, o senador passa por estabilização no Hospital do Coração de Sobral e será transferido para a Santa Casa de Misericórdia de Sobral. Mais informações em instantes.
— Cid Gomes (@senadorcidgomes) February 19, 2020
Em vídeos divulgados nas redes sociais, é possível ver o senador empurrando uma grade contra os manifestantes e ouvir três disparos. Menos de duas horas antes do incidente, o senador postou um vídeo dizendo que estava indo a Sobral e pediu apoio do povo “de bem da cidade”.
Senador Cid Gomes avança com trator contra manifestantes é é alvo de disparos em Sobral! Ele foi levado sangrando para o hospital. pic.twitter.com/OqshYBV6fD
— felipe azevedo (@felipecoazz) February 19, 2020
Inicialmente, a assessoria do senador disse que ele havia sido atingido por uma bala de borracha. Depois, a assessoria informou que o tiro foi na verdade disparado por uma arma de fogo.
Durante a confusão, tiros foram disparados na direção de Cid Gomes e quebraram os vidros do veículo utilizado pelo senador. Imagens feitas por pessoas que acompanharam a manifestação mostram o senador consciente e com a blusa manchada de sangue.
Cidade em toque de recolher
Cid Gomes, que está licenciado, organizava um protesto contra um grupo de policiais que tenta impedir o trabalho da Polícia Militar. Nesta quarta-feira, policiais esvaziaram pneus de carros da polícia para impedir que os agentes de segurança atuem na ruas.
“Vocês têm cinco minutos pra pegarem os seus parentes, as suas esposas e seus filhos e sair daqui em paz. Cinco minutos. Nem um a mais”. Cid Gomes, senador.
Comerciantes do centro do município de Sobral (CE) fecharam as portas das lojas depois que supostos grupos de policiais militares passaram ordenando que o expediente fosse encerrado, fato comunicado à polícia civil, que saiu as ruas para tranquilizar a população e as lojas voltaram a abrir as portas.