Os servidores do INSS estão dispostos a iniciar uma greve sanitária no País, caso o governo mantenha a decisão de reabrir as agências para o trabalho presencial a partir do próximo dia 6 de julho.
A greve está sendo convocada para o dia 13 de julho, em todos os Estados por meio da Federação Nacional dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps).
Os servidores denunciam irregularidades e desmontes das agências promovidos pela direção do órgão de seguridade social e afirmam que são muitos os profissionais contaminados que estão trabalhando.
Nesta quinta-feira, 2, os dirigentes da entidade se reuniram com o presidente do INSS, Leonardo Rolim, que não abriu mão de realizar a retomada do trabalho presencial na próxima segunda-feira, 6.
“A Federação Nacional dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) fez todos os alertas e fez denúncias ao Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF) e Tribunal de Contas da União (TCU). Orientamos os trabalhadores a não se apresentarem nas unidades e estamos organizando uma ‘greve sanitária’, por sobrevivência. É uma ação genocida o INSS reabrir as portas, sabendo do caos que isso vai gerar”, informou Moacir Lopes, presidente da Fenasps. Segundo ele, suspeita-se que a direção do órgão pretende indicar até vigilantes para fazer a triagem nas agências.
A Fenasps fez um alerta à Confederação dos Vigilantes. “Essa não é a função deles. Vamos responsabilizar todos os gestores se ocorrer tragédias e mortes de servidores”, enfatizou Lopes.
Em 29 de junho, a federação fez uma lista de 12 motivos para adiar o retorno. Entre elas, citou a “interdição de andares e a sanitização do edifício-sede do órgão, porque dezenas de servidores estão contaminados ou com sintomas”. ”.