O sigilo de parte do acordo de colaboração de Antonio Palocci com a Polícia Federal foi quebrado pelo Juiz Sergio Moro. Ele incluiu as informações delatadas por Palocci na ação penal do Instituto Lula.
No despacho, o juiz afirma que “examinando o seu conteúdo, não vislumbro riscos às investigações em outorgar-lhe publicidade”. Da mesma forma, os benefícios acertados por Palocci também ficaram públicos: ele terá que pagar multa de R$ 35 milhões e conseguiu redução de 2/3 da pena.
Lula
Palocci detalhou um suposto esquema de indicações para cargos na Petrobras durante o governo Lula. Em reunião com o então presidente no Palácio do Planalto, teria sido acertado o pagamento de R$ 40 milhões em propina para a campanha de Dilma Rousseff em 2010, também presente. Os ex-presidentes negaram as acusações.
Na delação, o ex-ministro disse ainda que seria “muito mais fácil discutir com a OAS, Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa contribuições para campanhas eleitorais do que se tentar discutir os mesmos assuntos com empresas estrangeiras”.