18 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
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Sobre Claudionor Araújo, do PSDB, e os quadros tucanos nas eleições deste ano

Ou sobre como atirar na lua quando tempo fecha na política

 

Claudionor Araújo, estrela do tucanato alagoano

Em política, quando o tempo fecha, alguns tentam atirar na lua para tentar acertar estrelas. Essa é a leitura que faço do recente artigo publicado por Claudionor Araújo, em mídia local, sobre a eleição próxima para prefeito de Maceió.

No texto, o tucano afirma que o Procurador Geral de Justiça e ex-Secretário de Segurança, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, estaria próximo do PSDB. Creio que diz isso tentando atirar na lua.

Vejamos. O PSDB governou Alagoas por oito anos com Teotônio Vilela à frente do Palácio República dos Palmares. Desse tempo, não há nomes capazes de disputar as eleições para prefeito de Maceió em neste 2020. Ninguém!

Cadê aquele grupo político? Cadê os secretários, líderes sindicais, empresários? Cadê Jorge VI, Marcos Fireman, Luís Otávio, Solange Jurema, Beto Jucá, Alexandre Toledo, Alberto Sexta-feira? Isso mesmo, ninguém se apresenta.

Olhando mais para o presente, Rui Palmeira administra há 7 anos a prefeitura de Maceió. E, como todos observam, parece sem ânimo para encontrar um candidato

Agora, mesmo com as dificuldades que carrega, Rui poderia ter um nome em sua equipe que pudesse levar adiante uma candidatura do partido a prefeitura de Maceió. Será que ninguém serve? Poderia ser Mamede, secretário de Economia, ou Tácio Melo, presidente da SIMA, ou o ex-delegado Flávio Saraiva, secretário do Trabalho, ou ainda Eduardo Canuto, vereador e secretário de Governo, ou Teresa Neuma, deputada federal, ou Pedro Vilela, ex-deputado federal, ou o vereador Kelmman, presidente da Câmara de Maceió, ou Thomáz Nonô, secretário de saúde.

Mas, não. O tucanato de alta plumagem parece não querer esses nomes. Pelo menos é assim o que deixa transparecer o artigo escrito por Claudionor Araújo.

A preferência lá é, como disse no início, atirar na lua. É tentar trazer Alfredo Gaspar.

Só quem não conhece Alfredo Gaspar, acreditaria nisso. Os que o conhecem dizem que firmeza, lealdade e posição são características pessoais dele, tanto no Ministério Público, quanto no executivo estadual.

Confesso que não sei se o douto Procurador será candidato. Isso ainda não está claro para mim. Já ouvi muita gente falando sobre, aqui e acolá. Mas, não o vejo com uma personalidade entusiasmada para mudar de lado. Diria até que esse não é o perfil dele. No entorno dele,  inclusive, há quem diga que jamais faria isso. Exatamente por que a proximidade que tem com o governador Renan Filho (MDB) determina o caminho que ele seguirá.

Enfim, o que o artigo de Claudionor Araújo apresenta é que o PSDB parece dividido. Não tem nome próprio por desgaste de quadros ou por desgastes dos governos tucanos. Um já acabou faz tempo e o outro continua, mas, em ano eleitoral o que mais a sociedade quer é que  tudo acabe logo. Isso por que daqui para frente o que se enxerga é o novo que está por vir.

É como aquela história do cafezinho que já começa a ser servido quase gelado.

Assim, é necessário começar a contagem regressiva: 45, 44, 43, 42, 41…