24 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Artigo

Torcendo pelo Brasil, torcendo pelo nosso futebol – juntos e misturados!

Se escolhemos errado os nossos representantes, a Seleção brasileira não tem culpa. Portanto vambora, Brasil!

(*) Colaboração Armando Durval

Uma nação; um povo abalado pela corrupção desenfreada de seus (quase todos!) políticos; uma Copa Mundial, dividindo torcedores fanáticos – da política e do futebol, duas paixões que vêm de longe – dos pais, dos avós – marcadas no coração de milhões de brasileiros: cada uma no seu tempo e no seu espaço.

Agora é a vez do futebol, um mundo de cores e alegrias desfilando em nossas televisões, nos bares, nos shoppings, nas conversas e comemorações que compartilhamos com amigos e estranhos, unidos na mesma paixão: ver a seleção jogar e torcer pela vitória do Brasil.

Com isso não quero dizer para ignorar nossa situação política. Torcendo pela seleção, não quer dizer que torço contra o país. Definitivamente, eu e meio mundo de brasileiros queremos viver a alegria, ainda que temporária; de torcer pela seleção; de comemorar com cada vitória. Afinal, é no futebol que temos a alegria de ser pentacampeões e a esperança de chegar ao hexa. Isso nos deixa orgulhosos, mas não deve nos deixar menos conscientes das derrotas em outras áreas.

Essa é outra história que temos que refletir; sobre o porquê das derrotas sociais. E e já que estamos, também, em ano eleitoral, vale dizer que isso tem a ver com a escolha dos nossos representantes. Juntando uma coisa com a outra, vale também perguntar: será que se coubesse ao povo decidir sobre os 23 convocados da Seleção, saberíamos mesmo escolher? Ou Será essa escolha também seria condicionada a uma notinha de R$ 50,00, um botijão de gás, um saco de cimento, ou emprego público?

A escolha da seleção deve servir de inspiração para a escolha política: temos que escolher nossos representantes – vereadores, deputados, prefeitos, governadores, senadores – pelo critério da competência, pela capacidade no desempenho de suas funções.

Logo, se escolhemos errado, na hora de votar,a Seleção brasileira não tem culpa de nada – exceto pelas suas próprias derrotas. Somos nós que votamos e escolhemos nossos representantes; se há corrupção, fomos nós que demos a eles esse poder e somos nós que, na próxima eleição, ainda este ano, podemos destituí-los, por meio do nosso voto. Com ou sem o HEXA.

Por agora, vambora Brasillll!!!