Prefeito de Delmiro Gouveia, o Padre Eraldo volta a viver em completo inferno astral para o desespero geral de parte de sua equipe e dos eleitores que o apoiaram para administrar a principal cidade do alto sertão alagoano.
Logo que assumiu o governo ele chegou a declarar que ser prefeito era um “negócio meio de corno”. Fez a declaração em um pronunciamento para associados e dirigentes da Fetag/AL, em Maceió.
Entre idas e vindas, acertos e desacertos da administração, quando chegou a ser avaliado como um dos piores prefeitos do Estado, ele aos poucos conseguiu dar uma recuperada no tempo perdido e com algumas obras na cidade melhorou o conceito da gestão municipal e o seu próprio, um pouco antes das eleições gerais do ano passado.
O prefeito havia feito uma série de mudanças na equipe de governo atendendo as solicitações do seu novo padrinho político, o deputado federal Marx Beltrão (PSD). O deputado indicou secretários e assessores para os cargos mais importantes do governo do Padre Eraldo, entre eles Secretaria de Saúde, Finanças e outros.
Mas, vem 2019 e, agora neste mês de março, o Ministério Público Estadual, acompanhado de um forte aparato policial, invade Delmiro Gouveia em uma operação de busca e apreensão, tendo como alvo exatamente a Prefeitura Municipal.
A operação acusou um desvio de até R$ 20 milhões em processos licitatórios para aquisição de combustíveis, locação de veículos e contratação de serviços.
Era tudo que o prefeito não precisava neste momento em que sua imagem estava em franca recuperação e os atores nas pastas chaves são novatos, indicados por Beltrão.
É como se num estalar de dedos o Padre Eraldo voltasse do céu para o inferno de novo.
E agora para sair nem com reza forte e badaladas de sinos à meia noite